(imagem retirada daqui)
Enquanto me pergunto se dou continuidade a este blog ou não – há blogs que o fazem tão melhor que eu, como aqui ou aqui – a mim só me apetece mesmo é fazer o ninho. Mais do que uma necessidade práctica, é um recolhimento quase obrigatório que muito aprecio. As distracções são muitas, as listas de afazeres não acabam e o tempo continua a correr, desinteressadamente, muito cheio de si, com um ego tão grande que não espera por ninguém…
Sou levada a pensar como gerir tantas mudanças que se aproximam, como me organizo física e mentalmente para ter tudo preparado a tempo… e depois como encaixo tudo isso na minha necessidade de aproveitar simplesmente estes últimos tempos, de relaxar e apenas sentir a vida que pontapeia dentro de mim. Vou ter tantas saudades…
Será que o ninho que uma mãe começa a fazer durante a gravidez, pouco a pouco ou de uma assentada só, na realidade não se finaliza nunca? Talvez sejam ninhos que se constróiem com o próprio tempo, aproveitando uma rajada de vento aqui e ali para acrescentar pedaços, renovar, investir… É um trabalho de paciência que talvez nem todo o tempo do mundo ajude a concretizar!